ABUSO (não DE) e sim DA AUTORIDADE ou ABUSO DE COMPETÊNCIA OU PRERROGATIVA


ABUSO DE COMPETÊNCIA OU PRERROGATIVA

O filósofo Empirista John Locke (1632 ─ 1704) em amplo e lindíssimo Ensaio Acerca do Entendimento humano II, no capítulo II, O Significado das Palavras; ressalta o valor das palavras e se insurge de forma veemente quanto à falta de cuidado quando do seu uso, que possibilita efetivo entender isto ou aquilo verdadeiramente no que é ou de fato se espera que seja entendido fielmente ao se escrever dessa ou daquela maneira (repetitivo intencional).

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Aproveito para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais agora vinte e seis Blogs de Estudos contando com este, estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais trinta (30) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil  ─; e agora este, para o qual peço a mesma atenção.  Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus Estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo que este Tema ganha presentemente a sua prioridade e necessidade de maior e melhor avaliação ─ talvez mais didática e também e incisiva devido à desinformação sobre este e outros assuntos ─, em função de questionamentos com pouca fundamentação... Para acessar os demais, dos atuais vinte e sete Blogs, bastando clicar no endereço de cada um na lista transcrita abaixo para acessá-lo.

                                                             INFORMAÇÃO

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Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de filosofia ─ que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos  ─; que antes de estribarem-se naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO ─ aquele que não emite opinião, nem modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade... Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão. Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que escreveu a obra A Política: uma exata antítese da obra A República de seu mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à leitura da Maioria, diferentemente, Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse nessa e naquela obra, e em A República. Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto, irmãos de Platão: produziu a pérola socrática, conhecida mundialmente como A Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há opinião objetiva dele em suas obras.          

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         Tarefa árdua será a de me fazer ouvir quanto à questão séria e ampla que se constitui aquilo que tem me preocupado como cidadão brasileiro; sabendo todos nós de antemão: como diz o saudoso cantor poeta John Lennon no refrão de sua antológica canção que é um brado em defesa da paz mundial, e nessa aqui também minha preocupação; com isto me sinto feliz por não me sentir só, como diz a canção Imagine ─ but I´m not the only one /   ─  assim não quero crer; não ser eu o único a concluir dessa maneira quanto a esta específica preocupação, como nesse refrão da canção Imagine, que se completa assim a aplicação desse refrão: I hope someday you join us / And the world will be as one /... Assim espero ─ de igual modo ─, com relação às palavras, seus exatos significados e seu conveniente uso... Você, que tem lido os meus Blogs sabe da presença sempre que há conexão; eu mencionar a pérola, que é a canção Imagine e citar (transcrever) objetivamente o refrão em sua força de trazer para o nosso eu, como que, a responsabilidade, ou de pelo menos concitarmo-nos a estarmos solidários às demandas relacionadas a todo ser humano, nós cidadãos  ─ esta é a exata intenção.   

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           Esta preocupação tem o seu início na avaliação de prioridades quanto à questão lingüística, quando de forma despropositada se promoveu a inócua chamada Correção Ortográfica: sobre a qual escrevi o que segue:
Tenho ciência que ao postar o meu primeiro Blog (bem anterior a este), de fato me tornei mais um formador de opinião nesta Mídia, assim sendo, estou me permitindo fazer aqui (neste, que é o segundo, assim foi naquele) uma jocosa crítica contra o chamado Acordo Ortográfico; ao qual o Brasil se submeteu, como que, pacificamente, não tendo, ironicamente, Portugal o aceite legal de transição de quatro anos como o nosso e sim de seis anos e nem sei exatamente a situação dos demais signatários.

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Embora “trema” ao escrever o que segue, o fato é que estou de volta às minhas antigas idéias (não ideias), enquanto (até 2013, que já se foi e continuo assim) a lei me permitir ─ continuo não me importando ─, para estar tranqüilo (não tranquilo) comigo, justamente porque quero continuar a comer pão com lingüiça (não com linguiça) e de igual modo, ser conseqüente (não consequente) com o que entendo como correto, consistente e efetivamente lógico, cuja mudança vejo como inconseqüente e não inconsequente. Porque de fato a presença do trema não é simplesmente um sinal ortográfico ─ e sim o que faz existir um fonema (grego Φωνń, som) perfeitamente pronunciado (o “u”), ouvido e útil quanto a sua existência no “belofono”. Também (como bons exemplos a serem seguidos), sabe-se que não há esse tipo de acordo entre a Inglaterra e os Estados Unidos da América do Norte; nem essa pretensa homogeneidade aqui acordada por nós, com os países de língua portuguesa, entretanto, a língua falada nas duas importantes nações acima citadas é o inglês ─ embora pareça óbvio e redundante o que estou dizendo aqui neste final de parágrafo, o fato é, que se insinuou esta necessidade de equivalência como pressuposto para continuarmos como língua portuguesa.

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De igual modo, parece-me que não existe essa norma, no conjunto chamado Reino Unido e, outro fato muito interessante é que a Alemanha convive tranqüilamente (não tranquilamente) com uma espécie de babel de dialetos, sendo o idioma falado na Alemanha, o alemão. Daí, como argüidor (não arguidor), querer saber se o Acordo Ortográfico (já de fato lei no Brasil) é de direito e de fato realidade em todos os países signatários... Vale à pena pensar seriamente e melhor nesse negócio chamado Acordo Ortográfico até que chegue o ano 2013... Ainda continuo com a mesma visão ruim sobre essa questão.
         
CARTA ABERTA ÀS INSTITUIÇÕES, AUTORIDADES CONSTITUIDAS E DEMAIS CIDADÃOS

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           O que vou explicar com relação à dita Lei de Abuso de Autoridade é algo, com o se constatará, e fará ─ assim espero ─, com que possa acontecer o pleno arrefecimento das mentes dos açodados gnósticos-parlamentares grandes conhecedores de hermenêutica, que não deveriam ter dificuldades em refletir de maneira, pelo menos RAZOÁVEL sobre aquilo que decidem de maneira contumaz e intempestiva.

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           Essa questão e de fato muito séria, que para esta zap-lei criada em momento impróprio e em uma Legislatura sem a necessária isenção para tal; senão procurarei explicar com detalhes o que está acontecendo com essa nossa atual pouco confiável Legislatura.

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         Antes deste efetivo explicar as razões deste Blog, vale a pena citar novamente ipsis litteris a importante observação de Aquino; dito isto, DATA VENIA; não devemos confundir determinada coisa; que não é necessariamente igual à outra coisa em função de semelhança; tanto que, isto, esta espécie de feeling, me leva ao filósofo e teólogo Tomás de Aquino na sua ponderação sobre inteligência versus semelhança, que pode traduzir-se em ambiguidades, quando disse ─ A inteligência não costuma ser enganada por toda e qualquer semelhança, mas apenas por uma grande semelhança, na qual a semelhança é dificilmente identificável. Conforme a semelhança for maior ou menor, a inteligência se equivoca segundo a capacidade maior ou menor que se tem de discernimento para descobrir a semelhança. Tampouco se deve considerar falsa uma coisa que pode induzir a um erro insignificante, mas apenas uma coisa que tende a induzir ao erro muitas pessoas, e pessoas sábias; cuja consequência em leis será o produzir textos carregados de ambigüidades como se fora irretocáveis, pelo contrário nada razoáveis e sim armadilhas jurídicas...  Senão pensemos nas de fato razoáveis leis já existentes que permitem recorrer de decisões judiciais (condenações e absolvições) contestando-as... Do outro modo: a lei em tela pressupõe, ou pior, visa de maneira prioritária basicamente criminalizar as investigações, acusações e condenações, sendo isto, nada razoável, logico, ético e justo.

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             Quando digo que esta lei segue um caminhar inoportuno, como também é afirmado por alguns Senadores (as). Isto a faz (esta lei) seguir por um pecaminoso açodamento irresponsável, nada razoável a cometer ingênuos erros perceptíveis até por leigos como eu. Senão: o nome dessa lei é absurdamente errado... Porquanto Autoridade é o substantivo que nomina aquele (a) que detêm a competência ou prerrogativa legal sobre essa ou aquela questão; o que aproximaria o nome em apreço a no máximo: Abuso da Autoridade ─ aquele (a) que comete o abuso ─, quando o correto seria ABUSO DE COMPETÊNCIA OU PRERROGATIVA, que é aquilo que a legal AUTORIDADE tem em suas ações (funções) determinadas por lei e não autoridade como ato ou ação de alguém... Lembro que em vários dos meus Blogs insisto no perigo quanto a textos de lei em observar-se ou fugir de termos (palavras) que em seu entendimento etimológico quando isolados contemplem identificações lato sensu; que em necessário uso dessas palavras em lei se deva identificar a opção (sinônimo) como stricto sensu; e em casos de necessária equivalência semântica dessas palavras, para se tirar a possível ambiguidade do texto, se recorra a uma explicação que vá além do razoável ou que de fato reproduza a exata boa e legal intenção do legislador...

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             Para exemplificar a seriedade do que estou dizendo sobre o perigo e seriedade de ambigüidade em textos, principalmente de leis, transcrevo um pequeno texto de Aristóteles sobre ambiguidade versus semântica... O eminente filósofo Aristóteles (347-322 a.C), pai da lógica, grande em dialética, retórica, graciosamente didático e até coloquial. No afã de demonstrar a séria necessidade de atentar para as nuances da semântica nos diversos textos; quanto à valoração exagerada do etimológico que tem gerado dificuldades em identificar o entendimento semântico (não etimológico) de certas palavras em muitos textos; quando disse (perguntou e respondeu) em sua contraposição aos sofistas quanto à ambigüidade de suas proposições mostrou isto de forma didática ─ à semelhança do coloquial de piadas de botequim ─, quando disse objetivando a questão semântica: Qual das vacas vai parir na frente? ─ Nenhuma das duas, pois ambas parirão por traz...

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   Reiterando, há coisas muitíssimas sérias nesta malfadada lei, que é o vicio ou má intenção em legislar em causa própria, em modus operandi basicamente de criminalizar investigações, denúncias do MP e sentenças judiciais condenatórias quando ignoram (sendo repetitivo), não sei se intencional ou por ingenuidade legislar no pressuposto de que juízes só condenam e nunca absolvem; sendo isto uma espécie de obstinação caolho-maneta pró-réu e a favor do crime ou exatamente um expediente a criar mecanismos jurídicos aleatórios de provocação do judiciário a alongar o justo processo criminal com vistas à prescrição do crime praticado pelo réu. Análise hermenêutica conseqüente esta; porquanto o não Indiciamento, o não Denunciar pelo MP, o não tornar o Denunciado em réu e a absolvição, podem também carregar em si o Abuso de Competência ou Prerrogativa; que enseja ou aponta para a possibilidade ─ como está sendo dito por vários Senadores: ser esta lei um intencional tácito Abuso contra a Lava-jato.

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         Outra questão, também importante: o correto nome desta lei chama (traz) para este elenco de pacientes jurídicos, a também inclusão de advogados: que em suas Competências e/ou Prerrogativas de legal ampla defesa do réu; todavia, alguns, de igual modo, têm cometido o cristalino Abuso de Competência ou Prerrogativa. Senão lembremo-nos de diversos julgamentos do Tribunal do Júri sobre feminicídio, quando alguns advogados exacerbam em ilações contra as mulheres vitimadas ─ não com o intuito doloso de denegri-las, entendo ─, entretanto na intenção (dita estratégia) de atenuar a gravidade do crime cometido visando absolvição do réu ou pelo menos a redução da pena. Embora coisas como estas estejam acontecendo já há muito tempo em nosso universo jurídico; coisas assim se constituem também em claro Abuso de Competência ou Prerrogativa; que em momento de fato oportuno devem ser criminalizadas em séria lei feita por uma Legislatura apta, isenta, na qual não esteja presente uma parte não razoável composta daqueles que estão cobertos pelo manto da tosca, ilógica e não ética exegese da dita Presunção de Inocência, nada razoável quanto à coerência, logica e ética.   

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         Sendo a Justiça cega, aqui, no sentido semântico de não enxergar algumas coisas que certas leis lhe impede ver. Senão a competência ou prerrogativa de ampla Defesa versus Estratégia cria uma esteira própria nada razoável que permite legalmente ao advogado instruir o réu a mentir ou omitir, quando lamentavelmente dá a esse profissional e ao réu (seu cliente) o legal direito de omitir ou falsear a verdade ─ perdoe a rudeza dessa objetiva exegese que é a exata hermenêutica da incoerência: de ser a verdade somente obrigação da testemunha ─, quando de fato ao fazê-lo (o Advogado e seu cliente) exercem o direito de dificultar (postergar ou até impedir) a plena Justiça, que seria, não aquela coisa adorada pelos que delinqüem, que é denunciar Cerceamento de Defesa buscando, aí sim um real Cerceamento de Acusação ou   por este caminho a exata Obstrução à Justiça em busca da impunidade. Com a agravante ─ nesta confrontação dos dois direitos: de obrigação da verdade (da testemunha) e a de não (do Advogado e do réu) ─, daquilo que corresponde ao direito, ou pior: que coloca a testemunha como o de fato réu, quando não tem o direito de mentir, como o réu pode fazê-lo. Triste e nada confortável é ser testemunha em qualquer julgamento... Esta conclusão assusta e nos deixa perplexos, quando determinado Advogado Arrola oitenta e sete (87) Testemunhas de Defesa, que não havendo por parte delas a de fato ciência daquilo que irá testemunhar em defesa do réu; podem diante de uma elementar pergunta ─ que corresponde ao esclarecer questões que ela legalmente quer informar a bem do réu ─; incorrer em Falso Testemunho, por estar tão-somente movida pelo salutar desejo de ajudar o réu; do que, de fato conhecer sobre o caso em apreço. Que em factual hermenêutica se conclui não importar a forma como é feita a pergunta para aquele que de fato tem toda ciência daquilo que irá testemunhar a favor do réu e em caso diverso, Acusação: contra...    

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         Quanto a testemunhas parece que o atual momento político-jurídico tem feito com que os Advogados ─ no calor de obstinada defesa. Desaprenderam o que é de fato uma Testemunha, senão: não importa e não vem ao caso se determinado réu se autodenominou JARARACA, pelo fato elementar deste evento já ser de domínio público... Testemunha de Acusação não é aquela pessoa que diante do juiz diz que o réu é pessoa ruim e se diz jararaca; e sim, diferentemente, é aquela pessoa que viu o crime ser praticado ou no caso específico do réu que se diz jararaca, sendo repetitivo; a Testemunha de Acusação é aquela pessoa que não só viu o crime ser praticado ou no caso específico desse réu; é esta Testemunha de Acusação aquela pessoa que confessou seus crimes e delata (acusa) os seus cúmplices com detalhes, este é o exato perfil de uma verdadeira Testemunha de Acusação, que no caso em apreço não é somente aquela que viu, mas também aquela que junto praticou os delitos com o réu...  Advogados dos réus da Lava-jato: os que confessam e delatam, acordem! São também, exatamente Testemunhas de Acusação.

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Testemunha de Defesa não é aquela pessoa que gosta do réu, tem compromissos com ele, acha ele bonitinho e quer ajuda-lo, foi convenientemente arrolado pela Defesa, ou seja lá o que for parecido com isto; é sim aquela pessoa, que instada pela justiça ou por acreditar na inocência do réu e de fato tem elementos à mostrar ou demonstrar essa inocência com sinceridade e  verdade... O Advogado além do seu grande baú de estratégias tem que ter também muito equilíbrio e cuidado ao introduzir (arrolar) pessoas como Testemunhas de Defesa sem que tenha a exata segurança daquilo que de fato aconteceu e atuará testemunhando não com ilações aleatórias e até dizer que o réu é melhor que a Madre Tereza de Calcutá poderá se dar mal diante do juiz.

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         Ainda, com relação à Testemunha de Defesa versus a dita Presunção de Inocência; pede, clama, suplica que eu enuncie a outra não exegese e sim o jargão desse negócio chamado inocência presumida, que é: Ninguém é culpado até que se prove o contrário, para a qual me permito construir a seguinte paráfrase: Qualquer pessoa é de fato e de direito inocente enquanto ou até o exato momento que comete qualquer ilícito...   

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         De acordo com o mote do parágrafo anterior que enuncia a ideia de evolução (cronologia), para a qual sintetizarei de forma didática o que é, ou deve ser (proceder) a Testemunha de Defesa, quando há que se observar de forma objetiva a cronologia daquilo que irá ser testemunhado. Não interessando, absolutamente se o réu foi honesto até a semana passada ─ antes do evento do crime pelo qual está sendo julgado ─, quando o crime foi praticado depois. Enfim, não interessa ao julgamento e não é substantivo e sim uma lengalenga a alongar o processo, postergando o julgamento; naquilo que no jargão jurídico corresponde à chicana que em didática análise coloquial: é aquele disco já bastante arranhado pela reiterada reprodução do seu conteúdo, coisa muito comum quando se aposta na prescrição ou dar mais tempo ao réu para mudança do seu status jurídico antes da condenação que impediria essa mudança em não permitir a impunidade.

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         Sendo, por definição lógica: tudo aquilo que excede a legal Competência ou Prerrogativa de qualquer Autoridade: Abuso. Torna muito sério o criminalizar esse tipo de coisa, aqui analisada no momento, sem o ponderado, acuradíssimo e isento estudo de uma lei sobre este Tema; que não pode, absolutamente ser açodado e inconseqüente quanto ao nosso momento e composição Político-legislativa... Inclusive, considerando que esta matéria tem parâmetro constitucional e está também sujeita à Convenção Americana dos Direitos Humanos, o Pacto de San Jose da Costa Rica (1969) ─ da qual somos signatários ─, da qual também a nossa dita Constituição cidadã (1988) e cópia.

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   Poderia analisar neste momento todos os itens do Substitutivo em apreço, todavia, espero que todo brasileiro responsável o faça para o bem do nosso país; quando tão-somente reproduzirei dois textos de Blogs anteriores, nos quais discorro sobre hermenêutica:

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             Com relação à hermenêutica que tenho citado sistematicamente conhecer plenamente; isto, justamente pelo fato de que ninguém que tenha dificuldade em hermenêutica poderá caminhar com a mínima segurança em nada que for escrito; sendo, inclusive, ao meu juízo, não exatamente uma ciência pela qual se possa chegar ao nível ótimo pela acurado estudo, e sim o que digo no Blog sobre a Lei Seca, conforme a transcrição que segue: Quando se fala de forma objetiva em Leis depara-se com o problema sério de algumas conclusões jurídicas (interpretação dessas Leis) que são exatamente a inversão da ordem crescente dos mecanismos de interpretação; que é efetivamente a Hermenêutica (do grego, Еρμηνευτική: interpretar), a qual, ao meu juízo, não é essa dita ciência de caixinha catalogal fechada e sim uma espécie de feeling (sensibilidade) ou dom em perceber e identificar a inteireza e verdadeira intenção do Legislador ou do Escritor, no caso de outras obras; no que, essa hermenêutica é composta de uma espécie de arsenal que abrange inúmeras importantes questões a serem consideradas, para somente ao final ser produzida a exegese (explicação); que, lamentavelmente tem acontecido em detrimento daquilo que lhe permite existir, a hermenêutica... Digo isto, por vivenciar essa lamentável deformação ─ em níveis de exacerbação ─, em Teologia, na qual, não estando sujeita a questionamentos em Tribunais e/ou em efetivos debates jurídicos, a coisa tem chegado a proporções de absurdos. Que, considerando o Direito e Teologia: Me causa repulsa lembrar o filósofo sofista Trasímaco (período de Sócrates), de fato pessoa e não personagem de Platão; quanto a Aristóteles não; porquanto lhe tenho grande apreço ─ só me queixo por ele não ter seguido Leucipo, Demócrito e Epicuro, quanto ao átomo tendo ele preferido os quatro elementos  ─; mas, me entristeço com o (grande, assim entendido) filósofo-teólogo Tomás de Aquino (1225-1274) mais filósofo do que teólogo ─ embora sendo ele seguidor dos postulados de Aristóteles ─, ao meu juízo, maior ainda que Aristóteles em retórica (leu Aquino, foi convencido!), cuja ampla dialética seduz e nos prende ao ler seus escritos, todavia ambíguo em muitas das suas conclusões... Comento sobre isto em estudo sobre a Doutrina da Trindade e em outros Blogs... Discorro sobre hermenêutica em obras de ficção (Literatura), no Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM CASMURRO, endereço ─  www.verdadedomcasmurro.blogspot.com  , no qual, também refuto o conceito de obra aberta, também em meu livro Ceia, sim! Cruz, não! Quando me contrapondo a informações ditas históricas usando a própria história construí um aforismo; que espero venha ser usado por historiadores e estudiosos de história, no qual digoA história é coisa muito séria, porquanto, a hermenêutica a torna viva e ágil em sua própria defesa, pois, todos os que com ela brincam ou a tentam fraudar; são severamente punidos por ela... Fim da transcrição...

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         A dificuldade encontrada em interpretações decorre da glamorização da caixinha catalogal que se criou para estudar hermenêutica de cada um que a busque ou avalie ─ legítima no direito daquele que é (Causídico ou Juiz) acusador, defensor ou julgador ─, e nisto me apoio em meu equilíbrio exegético quando concluo, dizendo: Fala-se muito em hermenêutica e afirmam sempre ser esta ferramenta algo muito importante, e o é; todavia, a maioria, diferentemente, valoriza a exegese (explicação) ─ que tem que ser exata conseqüência equilibrada dela ─; quando se sofisma e se relativiza a hermenêutica a favor da pré-intenção exegética já concebida, e não culpemos a Transímaco ou Maquiavel, por não termos compromisso com os fatos e com a verdade, isto é exclusivamente crédito nosso e de nossa torta pré-intenção sobre qualquer questão.

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             A feitura do presente Blog decorreu de envio de um conjunto de cartas sobre esses diversos problemas (anomalias) presentemente acontecidos em nosso país; do que, é pertinente e até decorrente que eu transcreva partes dessas cartas a compor o conjunto de informações desse Blog; como faço agora com os parágrafos do primeiro ao décimo da última carta enviada às AUTORIDADES ─ isto é a verdade linguística e não este substantivo ser a ação dela, que não poderia ser abuso de autoridade (valor semântico de ação praticada) e sim da autoridade ou como já expliquei: abuso da e não de autoridade  ─, do nosso país.

TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME DEVE SER EXERCIDO

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    Para nós ─ este povo ─, presentes em todas as camadas da sociedade e não só no nicho daqueles que se arvoram do falso direito de agir em função dos seus próprios interesses, como se isto fora verdade constitucional e legal em todas as instâncias jurídicas → hermenêutica criminosa e exegese abusiva de corporativismo nada nobre. Quando pretendem criminalizar a legal e necessária hermenêutica jurídica ─ que de forma objetiva e didática foi identificada pelo Dr. Sérgio Moro, essa correta denominação  ─, em uma criminosa ação legislativa, cuja exegese não é ou será: fática, justa e ética, ver décimo primeiro (11) parágrafo da carta anexa... Absurdo tudo isto: criminalizar determinada hermenêutica por Lei oriunda de uma dita hermenêutica infalível com exegese (explicação) abusiva e interesses nada nobres... Não estão entendendo o que é de fato hermenêutica e como legislar sobre isto.

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   Quem deu e/ou é dado, por qual deus este falso sagrado direito hermenêutico do nosso Legislativo, que pretende sejam sagradas somente as suas exegeses (explicações) sobre suas pretensas perfeitas Leis que não passam pela menor avaliação de justiça, ética e de acordo com o art. 1º, parágrafo único de nossa Constituição... Hermenêutica é hermenêutica: interpretar qualquer texto de maneira verdadeira, que seja lógica, justa e ética, isto não a faz um instrumento aleatório de qualquer exegese de interesses ditos legislativos de conveniência própria, quando ditada por senhores (as) que se acham acima do bem e do mal; em consequência suas interpretações (hermenêutica), que ao juízo deles é perfeita e sagrada. Acima da interpretação de qualquer outra pessoa, inclusive, não sendo precedida por necessária exposição de motivos, como fiz em meu Blog (um dos treze sobre homossexualidade) no qual sugiro e transcrevo o Estatuto da Homossexualidade, endereço www.senadoestatutocartacamara.blogspot.com com amplo texto de considerações iniciais ou exata exposição de motivos de fundamentação do Estatuto...

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Parece que poucos têm entendido de hermenêutica; que torna o interpretar daqueles que legislam em interesse próprio algo muito perigoso e reprovável para esta Legislatura que se obstina em criar leis que criminalize exatamente isto. Que como defendi em carta anexa: há a necessária revisão da nossa Constituição, na qual ─ cuja composição política atual não tem condições para temas de complexidades éticas e de efetiva justiça ─, se poderia discutir de maneira racional e oportuna a séria lei de Abuso não de e sim da Autoridade... Quanto a hermenêutica, ver pequeno didático Ensaio em meu Blog REAL EVOLUÇÃO DA FEITURA DA OBRA DOM CASMURRO, endereço www.verdadedomcasmurro.blogspot.com   .

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    Não quero neste momento me estender muito naquilo que é imperioso dizer agora a vossas excelências, todavia; sendo repetitivo, inclusive, enviando novamente carta anterior, há que se voltar à questão das Dez Medidas Contra Corrupção, que tem que ser zerada ao que fora aprovado em Relatório do Deputado Onix Lorenzini ou o de fato texto original. Para então em Trâmite legal e constitucional ser discutida em AMPLA AUDIÊNCIA PÚBLICA e não em obscura prevaricação e abuso pós-meia-noite, que gerou o mostrengo que querem desesperadamente legitimar, aprovar em definitivo.

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    Ainda, entendo que não cabe ao Advogado questionar e de forma objetiva identificar a origem do dinheiro dos honorários pago por seus clientes; até pelo fato de que do ponto de vista lógico seria um contrassenso eles fazerem assim... Todavia isto não invalida que a bem de criar instrumentos jurídicos contra a corrupção  ─ a OAB e seus filiados devam se sensibilizar com o que vou pleitear aqui...

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   Estou pedindo aos Senadores, Deputados e também a OAB que estudem com carinho o incluir nas Dez Medidas Contra Corrupção o direito legal do MP e Juízes poderem solicitar os exatos valores de honorários pagos por determinados réus envolvidos em corrupção ou em atividades ilícitas que não justifiquem renda compatível com o pagamento de um importante Escritório de Advocacia; isto, não com o objetivo de atingir o sigilo fiscal deles; todavia, dependendo dos valores dos honorários em apreço, isto, em tranqüila hermenêutica (que aqui não vem ao caso) coloca o Advogado ─ ressalvando, que embora em exercício legal e nobre de sua função ─, em uma espécie de beneficiário de frutos de corrupção ou atividades ilegais; que seria de igual modo, neste caso aqui criminoso, por parte dos réus clientes a objetiva lavagem de dinheiro e/ou também uma forma de ocultação desse dinheiro ou até esses pagamentos serem oriundos de convenientes Mecenas desses réus.

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    Analisando o art. 1º, parágrafo único da nossa Constituição ─ que é de fato, não um preceito a ser interpretado via hermenêutica e sim a perfeita exegese deste direito ─, combinado com o art. 61 que legitima o pleno direito popular da criação da Lei em tela; também a objetiva e contundente combinação com a Lei 9709/98 art. 13 com ênfase no § 2º que em uma hermenêutica óbvia com didática exegese incontestável ser a total blindagem do cerne do Projeto Popular, como diria o Ex-ministro Magri o torna “imexívelˮ. Porquanto em sua contundente redação não permite que este Projeto seja vilipendiado; como foi na obscura operação pós-meia-noite em uma ação de exata PREVARICAÇÃO, porquanto a avaliação em tela caminha na esteira da obrigação do Legislativo, em tese, seguir ipsis litteris o pleiteado pelo povo ─ até pela fática leitura hermenêutica de que se o povo de forma objetiva diz aquilo que quer, só caberia ao Legislativo neste caso específico (cuja prerrogativa é caminhar nesta direção), o chamar este povo em ampla e plenamente representativa audiência pública para discutir modificações se possíveis no projeto original, conforme o Relatório do Deputado Onix Lorenzoni... As únicas modificações que liminarmente poderiam ser feitas pela Câmara no Projeto seriam quanto à sua formatação como lei ou erros de redação, qualquer coisa além disso é (foi) prevaricação e abuso

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    O problema ou consequência do confronto do Legislativo contra a legítima ação do Judiciário ─ considerando, inclusive, que já há muito tempo a impunidade tem sido estimulada pela reinante contumaz impunidade dos do chamado colarinho branco. Quando o atual momento pós as investigações e condenações do chamado Mensalão e agora da Lava-jato, neste irracional confronto contra o Judiciário; tem feito explodir a criminalidade na parte mais baixa do crime; quando se vê em todo o país o exacerbado também confronto de todos os criminosos contra as autoridades constituídas em comunidades dominadas por facções criminosas; roubos generalizados e furtos a níveis insuportáveis, cidades sendo sitiadas por perigosíssimas quadrilhas sem que se evoque o espírito (máxima) da terceira lei de Newton, que deveriam nortear as ações de polícia, do MP e do judiciário. Todas essas coisas lamentáveis fruto do estímulo que vem dos políticos corruptos (legislativo e executivo nas três instâncias) que não querem ser punidos pelos seus gravíssimos crimes...

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    O mais grave e preocupante com relação a isto; é o fato de que acontecendo a pretendida vitória desses contra o Estado de Direito, isto irá contaminar totalmente o país, nos levando ao estado de terra arrasada: onde ninguém respeitaria a Lei... Que o bom senso a bem do Brasil ─ conforme carta anexa no vigésimo terceiro (23) parágrafo ─, da parte daqueles que delinqüiram (não abro mão do trema) os faça rever suas atitudes a bem do Brasil (reitero), também de suas famílias e de suas próprias vidas enquanto cidadãos desse país.

                              URGÊNCIA OU PRIORIDADE NA VOTAÇÃO DE LEIS

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        A necessidade de urgência quanto à feitura e votação de leis, em tese, é perfeitamente pertinente e razoável, quando de fato for razoável, todavia, há que se perguntar: sobre o quê e por quê? Sendo o momento político e social vivenciado por nós cidadãos brasileiros, exatamente o time (crucial momento), quanto a determinado elenco de leis se faz necessário estabelecer razoabilíssimos status de prioridade ou não de certas leis, que de maneira intempestiva lhes estão atribuindo máxima prioridade, quando, diferentemente, quanto a algumas delas: suas prioridades versus interesses próprios e não públicos tangenciam de maneira visível o abuso erradamente nominado de ABUSO DE AUTORIDADE, quando deveria ser DA ou melhor: ABUSO DE COMPETÊNCIA OU DE PRERROGATIVA, que é o ilícito praticado por AUTORIDADES constituídas quando exacerbam em suas competências ou prerrogativas...

32
          É importante que se avalie aqui o que diversos Senadores (as) denunciaram na tribuna e na Mídia sobre a ausência da objetiva criminalização na lei a ser modificada e no substitutivo que se pretende aprovar de atos abusivos de autoridades do Legislativo; e o pior que agora vou ressaltar e buscar explicar essa outra questão, totalmente ausente nesta parcialíssima lei ─ que reitero sendo repetitivo e repetitivo ─, quando em tácita intenção pró-réu, não elenca e criminaliza aquilo que vou, em análise didática nominar de crime branco ou passivo, que é o não criminalizar de forma objetiva (literal) a prevaricação abusiva de autoridades. Senão façamos uma pequena avaliação hermenêutica e ética daquilo que estou buscando explicar.

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            Caminhemos agora em uma hermenêutica logica e ética, quando analisarei, da maneira mais didática possível ausência nada razoável na lei do abuso daquilo que nominei de Abuso branco ou passivo. O qual não Investiga, não Prende, não Indicia, não Denuncia e não Condena e diferentemente concede habeas corpus. Que é algo muito sério e sendo abusivo; merece: pelo menos ser equiparado ao Abuso que eu a bem da didática nominei de Abuso ativo, é o que aparece massivamente no texto falho desta lei em apreço. Senão: o criminalizar de maneira igual e objetiva o que estou chamando de Abuso branco ou passivo ou aquilo que quando não fundamentado de maneira razoável beneficia criminosos ─ quando deveria ser o contrário ─, e o pior: estimula (alimenta) o crime pela sensação de impunidade que gera. Porquanto, a absolvição e/ou habeas corpus quando formalista catalogal sem a devida razoabilidade, conforme repudia o importante filósofo Iluminista Voltaire: é odioso, não ético e injusto, pelo fato de prejudicar os demais cidadãos e em contrapartida beneficiar tão-somente aquele que está coberto pelo manto da torta exegese chamada de presunção de inocência, conforme tenho detalhado e confrontado... Vale a pena e seria plenamente razoável o próprio STF, também o STJ tornasse regra não ser o habeas corpus concedido em decisão liminar, que é monocrática ou considerando as duas: bi monocrática, quando nem metade plena e sim somente pelo pleno do Tribunal, conforme começou a assim praticar o Ministro Fachin a partir do caso Antônio Palocci, porquanto em hermenêutica de lógica elementar. A decisão liminar de um HC cria a imediata avaliação de pertinência de um juiz versus outro juiz, cuja confrontação entre duas exegeses, que seriam matematicamente iguais: 1 a 1, não lógica, portanto. Mais complicado ainda seria quando se tratar de determinado réu oriundo do Tribunal do Júri e o pior ainda quando se tratar de réu que confessou ─ cuja prisão é lógica e justa até o limite mínimo da pena do crime confessado ─, e recorre somente quanto à dosimetria (tamanho) da Pena, quando (a partir) DATA VENIA, não caberia a torta ilação de antecipação da pena, porquanto o singelo modus operandi inaugurado pelo Ministro Fachin se tornar norma; pacificará de maneira definitiva a questão em apreço em razoável matemática conclusão não importando em que direção... Em tempo: já no domínio público tem-se um caso a ilustrar o que digo: o contemporâneo caso Bruno.     

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             As considerações repetitivas do paragrafo anterior; estão obviamente, na direção do Legislativo, quando obstinadamente querem aprovar a dita lei de ABUSO, lei esta que necessita de acuradíssimo estudo para ser ética, justa e de grande abrangência. Com agravante de intencionalmente, sendo repetitivo: dito por vários Senadores (as) ser oportuno ABUSO (confronto) contra a Lava-jato, que a faz ser nada razoável em seu conteúdo; devendo ser adequada à verdade lógica, ética e justa e também por constituir-se em ululantemente inoportuno abuso (anacrônica com vício de conveniente corporativismo), cujo time (momento) para a ética aprovação desta lei; teria que ser em uma Legislatura isenta pós 2022 ou 2026 que deveria ser em uma Assembleia Constituinte.

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           De igual modo, a lei das Dez Medidas contra Corrupção deveria somente ser votada em Legislaturas posteriores a 2022, por pressupormos que haverá uma conseqüente depuração das Casas Legislativas nas próximas eleições. Sem que antes disto; essa lei retorne a Câmara intacta em seu texto original anterior à operação pós-meia-noite acontecida na Câmara. Que para isto acontecer será preciso que antes algum Senador (a) Deputado (a) ou Intuição ingressem no STF em ação de Inconstitucionalidade (ADI: Art. 1º parágrafo único e art. 61) e ilegalidade (lei: 9709/98 ─ art. 13 § 2º) na tramitação e votação, que acontecendo por parte do STF este entendimento. Esta lei deverá ficar stand by ─ aguardar as Legislaturas citadas no paragrafo anterior ─, até pelo fato (amparo) jurídico, razoável quanto ao não retroagir e nada razoável e lamentável quando pode retroagir em benefício somente do réu art. 5º XL da Constituição que não permite a lei retroagir contra o réu, tornando-a inócua para seu uso pela Lava-jato.

POST SCRIPTUM I

36
        P.S.: Já tendo concluído aquilo que me propus para o momento em relação ao que se tem de agudo em tela. Faz-se necessário que eu pague o mico (perdoe o coloquial) ou explique a razão do ter identificado o art. 1º parágrafo único da Constituição como sendo o art. 3º inciso IV...

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             Se vossas excelências que leram as minhas ultimas duas cartas se escandalizaram, por este, em tese, meu erro ou nem notou. Agora de maneira pormenorizada vou vos explicar a causa e espero que tenha um bom efeito quanto à receptividade daquilo que vou fundamentar e explicar...

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           Se examinarmos a nossa mui remendada Constituição veremos que a redação do art. 1º parágrafo único tem três partes distintas que são: (A) Todo poder emana do povo, (B) que o exerce por meio de representantes eleitos, (C) ou diretamente, nos termos desta Constituição; ou como está na Constituição: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição; que dá ênfase e legitima: o texto da parte que está sublinhada, terem todas as ações populares de apoio ou severa crítica a atos e ações dos poderes constituídos, também propor leis, conforme o art. 61, no mais; a redação correta seria a que melhor identifica quem de fato manda ou aquele de quem emana todo poder, inclusive, propor leis que sejam levadas (votadas) a sério, que seria: Todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos, nos termos desta Constituição... Creio que agora será possível entender (no sentido de perceber) a razão pela qual fiz a articulação erro na direção do art. 3º inciso IV, cujo texto é: Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, sexo cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, sendo exatamente nesta direção ou com este entendimento que aqueles (AS AUTORIDADES) que são eleitos para nos representar devem fazê-lo a bem de todos nós: o povo, e não em causa própria com têm feito.

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           Agora, todos nós, com as mentes já arrefecidas pelo convívio com todas essas coisas lamentáveis que teimam em se avolumar contra o nosso povo e não o sofrer solução de continuidade, que como disse o nosso poeta Gonzaguinha: A gente quer viver uma nação/ a gente quer ser cidadão/, que tenha garantido o seu direito constitucional de decidir sobre seu destino, sem que políticos ─ que têm a obrigação de agir a favor de nós, este povo, coisa essa estabelecida na constituição ─, daí analisar a sofismada questão chamada de Reforma Eleitoral.

LEI ELEITORAL

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Em tese: O líquido direito (prerrogativa) de escolher a forma (Lei Eleitoral) de escolha dos nossos representantes é prioritariamente do povo. Sendo isto perfeitamente possível por meio de um plebiscito que decida entre as opções de modelos tecnicamente construídos pelo Legislativo com plena isenção ─ que os torna partícipes legais até onde de fato podem dentro da lei. É imperioso que se crie essa idéia para impedir que a truculência corporativa torne Lei o que se está pretendendo no Senado e na Câmara, que não buscam a excelência de algo bom para o país e sim uma espécie de tábua de salvação contra as aguas purificadoras da Lava-jato. Tanto que já está em andamento o modelo Caixa de Pandora (lista fechada), cujos efeitos da ação dos eleitos por este modelo será semelhante a uma Caixa de Pandora (os Partidos Políticos com suas listas), que todos sabemos o que significa.

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A proposta e açodada caminhada da chamada “lista fechada é um absurdo jurídico, cultural e ético. 1º: Jurídico, por ignorar o direito do povo que precisa ser consultado para esta escolha do sistema de votação dito ideal. 2º: Cultural, por atropelar, o já de longa data, sentimento e prática do povo em escolher (votar) em quem quer que seja eleito; sendo que isto ─ esta mudança radical ─, não pode ser feita de uma hora para outra, a não ser por opção (em consulta popular) daqueles que votam (o povo). 3º: É triste ter que comentar a clara intenção de grande parte de vossas excelências de legislar em causa própria. Coisa lamentável, considerando a tricotomia Políticos x Judiciário x Povo; que qualquer pessoa inteligente sabe quem (quais) está mal intencionado nesses confrontos.

      42
Creio que a maioria de nós sabe quem é Pandora e sua famosa caixa ─ no original da mitologia grega pote ─, e se atribuímos a alguém ou alguma coisa a metáfora dessa caixa; será exata e justamente pela expectativa daquilo que desse alguém ou dessa coisa possa sair contra todos nós povo brasileiro. Que mostra de maneira contundente não ser prioritária a feitura de uma dita imaculada Lei Eleitoral; cuja oportunidade e isenção quanto à sua feitura a posterga para uma futura Legislatura isenta, em ampla Audiência popular na identificação de modelos a ser decidido qual por meio de um plebiscito ─ não urgente, portanto.

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O mais terrível quanto a todo esse estado de coisas que nos sufoca é o odioso crime que se está cometendo em conluio e ação de lideranças (agentes), cuja influência parda, dissimulada de sofisma pró a dita governabilidade têm buscado relativizar tudo o que de ruim está acontecendo. Primeiro: contribuindo com o quanto pior melhor; que só será atenuado se preservarem o atual Governo e esquecermo-nos dos ilícitos praticados até agora contra o nosso país a impedir uma ruptura social sem precedentes se houver o correto pleno andamento da Lava-jato (assim dizem), porquanto envolve importantes políticos do nosso país, cuja condenação desarticulará toda a nossa governabilidade assim querem fazer entender eles. Porém, isto não corresponde, absolutamente à verdade; porquanto países de complexidade maior do que o nosso, como o caso do Reino Unido que dissolveu o parlamento e o país não está com nenhum problema, pelo contrário está se preparando para a eleição de uma nova Legislatura. Todavia, considerando a hermenêutica, que sem falsa modéstia tenho plena habilidade em seu uso, tanto que; vou desenvolver determinada interpretação sobre, aquilo que ao meu juízo é o que está acontecendo em nosso momento político.

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O PMDB que foi o principal partido da base de sustentação dos Governos do PT não é exatamente um Partido político e sim uma espécie de amplo grupo de políticos com várias tendências sociológicas e interesses diversos, e de muitos caciques (líderes, chefes); o que torna possível, e que está acontecendo conosco. Parte desse controvertido partido ─ e os diversos nanicos que gravitam em volta de alguns ditos maiores, de um total atual de ditos trinta e cinco (35) Partidos; e mais igual número de postulantes à legalização, quando se pergunta: será possível existir tantas idéias e propostas de Governo? No que, uma das partes está dividida em apostar no enfraquecimento da Lava-jato via a possível ascensão de Lula ao poder apostando no quanto pior melhor ─ sendo fácil identificar a partir de que liderança desse Partido. Do outro modo (a outra parte) espera esse enfraquecimento acontecer a partir do Governo Temer conseguir aprovar as reformas, o país voltar ao crescimento e com articulações dos hábeis agentes dessa corrente ─ que não são menos ou mais hábeis que os da outra ─; conseguir ir empurrando a Lava-jato para a prescrição dos crimes dos réus e/ou esquecimento por parte de nós povo brasileiro ─ como aconteceu na Itália, quando da Operação Mãos Limpas  ─, nisto há consenso da parte deles!

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O que digo aqui neste Blog não é acusação gratuita e leviana e sim uma espécie de gemido lancinante de um cidadão que sabe analisar fatos já do domínio público que; mostra de maneira cristalina a insensibilidade daquele que pretensamente se arvoram de senhores do nosso destino, quando nem com os seus próprios destinos (suas histórias de vida), de seus filhos, de seus netos, de seus bisnetos e dos demais cidadãos, que eles tutelam de maneira Abusiva; os preocupa, senão: os seus imediatos interesses mesquinhos...

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Quando deveriam ter como referência a pequena nação que descende dos vorazes, truculentos, cruéis, conquistadores ─ os vikings ─, hoje o saldável país chamado Dinamarca, que é presentemente a nação que aponta para a necessidade de vergonha dos que governam o nosso país a se mirarem em seu exemplo de honestidade, cuja falta de vontade de assim agir, não nos permite dizer: nós podemos, todavia, eu creio que as pessoas de bem desse país ainda sonham com um país melhor e sem corrupção: I have a dream! Como disse o saudoso pastor Martin Luther King, ou melhor, para nós brasileiros que sofremos com essas coisas lamentáveis: we have a dream.   

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Agora também se fala (eles falam) que a Lava-jato impede a economia de seguir adiante. Ou será que é pelo fato daqueles que podem investir para que isto aconteça estejam esperando que sejam substituídos no poder aqueles que delinqüiram, sejam punidos e devolvam pelo menos parte aquilo que subtraíram do país; não sendo isto culpa da Lava-jato e sim daqueles que são alvo dela. Um exemplo desgraçadamente lamentável é o fato do que fizeram com os Correios ─ investigado na operação denominada Mensalão ─, cuja ação predatória deles ali praticada arrebentou com a estrutura dos Correios e hoje, essa empresa que já foi considerada a melhor do país, presentemente agoniza em decorrência do que de mal e ilegal lá foi feito... Sem falar nos estragos feitos no BNDES e em diversos Fundos de Pensão... Desde o início de todo esse processo de corrupção, em seus meandros criou-se ramificações como fios de uma bomba relógio de explosões em cadeia, que só pode ser desmontada pelos próprios; e se assim não for irá explodindo ─ criando problemas irreversíveis para o Brasil... O momento é de humildade, confissão, assumir os erros e voltar a ser verdadeiro cidadão brasileiro.

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Resta agora ponderar sobre aquilo que de fato é urgente para o momento em termos de lei a ser votada, que ao meu juízo de cidadão seriam três: O fim do Fórum Privilegiado, a Lei Trabalhista e a Reforma da Previdência ─ com a ponderação de uma reavaliação daqui a dez (10) anos. Sendo ao meu juízo justo e factível a inclusão dos agentes penitenciários no regime especial, todavia, a inclusão da polícia parlamentar neste regime beira a piada de humor negro e a ausência (estar fora) dos militares na Reforma não é nada razoável.

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Já concluindo, ao meu juízo de cidadão que pensa e emite opinião responsável. Há sério desequilíbrio entre os direitos dos cidadãos de bem versus aqueles que delinqüem, quando em fática, razoável e fundamentada hermenêutica: se conclui não ser ética, que segundo o que diz Aristóteles em sua obra Ética a Nicomaco, ser a ética (esse conceito filosófico dele): o equilíbrio entre a falta e o excesso, também não lógico, consequentemente não justo; tanto que, estou estudando profundamente a paternalista; por sua torta hermenêutica e exegese muitíssimo mal fundamentada, em nada razoável e de ação tendenciosa pró aqueles que delinqüem: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, na qual a meu juízo há sérias ambiguidades, como vou tentar mostrar em Trabalho futuro; todavia, o seríssimo é a hermenêutica aplicada a ela, cuja exegese é nada razoável, conforme comento de forma sintética em vermelho acima.

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Mas, não sem antes dizer a plenos pulmões, que creio ser esta Antiga Senhora cega chamada Justiça, ou aquela pessoa que deveria melhor se informar sobre coisas importantes da filosofia ─ de um modo especial a grega ─, nos filósofos; não Zenão de Cicio, o pai do Estoicismo, cujos postulados são de grande semelhança com o Cristianismo, não sendo aquele que ao meu juízo deva nortear os pensamentos e os passos dessa importante Senhora cega.

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Para não me tornar dispersivo vou me centrar em três vertentes filosóficas gregas: o Estoicismo que já citei, o qual não vem ao caso; todavia, o principal postulado de Sócrates, o Gnosticismo é algo necessário a qualquer pessoa e não menos a importantíssima Senhora cega, a Justiça.

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Ainda, com relação à Senhora cega, a Justiça versus filosofia, o filósofo Epicurista Epicuro, o pai do Humanismo tem muita coisa a ensinar a toda humanidade e principalmente a esta Senhora cega, a Justiça; que precisa do Gnosticismo de Sócrates, cujo conhecimento ascendente elevará os atos de todos os seus coadjuvantes ─ todos os nichos da hierarquia do Judiciário na ascendência do conhecimento que leva ao estagio do divino (o justo), conforme o Gnosticismo metaforizado de forma detalhada na obra A República de Platão em debates maiêuticos entre Sócrates, Glauco e Admanto, irmãos de Platão. De igual modo na obra Fedro sobre o amor Eros, em debates com Fedro, Sócrates exemplifica a Regressão ou Progressão do conhecimento (o Gnosticismo) em sucessivas reencarnações... E voltando ao Epicurismo, que é a plena humanidade da ética do equilíbrio de respeito humano entre bons e maus e não o paternalismo a favor dos criminosos, conforme nos explica Epicuro neste seu aforismo que diz: “Não existe justiça nem injustiça para com aqueles seres que forem incapazes de efetuar convenções (criar normas legais inteligentes), a fim de que nenhum cause dano a outrem, ou sofra prejuízo de outrem. O mesmo se aplica aos povos que não têm a capacidade ou o desejo de concluir tal convenção... Que não seja a Justiça do nosso Brasil aquela que não tem o desejo e capacidade de construir esta ótima estrutura Jurídico-ética-humana... Ainda, mais dois aforismos de Epicuro ─ Nem a posse de riqueza, nem a abundancia de coisas, nem a obtenção de cargos ou poder produzem a felicidade e a bem-aventurança; produzem-na a ausência de dores, a moderação nos afetos e a disposição de espírito que se mantenha nos limites impostos pela natureza. Também mais este ─ Se queres enriquecer Pítocles (discípulo de Epicuro), não lhe acrescentes riquezas; diminui-lhe os desejos... Os corruptos, ainda por serem condenados deviam se guiar pelos razoáveis  ensinamentos de Epicuro e mudar os seus modus vivendi e operandi a bem do Brasil... Para ficar claro: não sou (ou foi) eu quem nominou a justiça De cega ─ que é a metáfora de evidenciar sua isenção em não tender para nenhum lado ─ que em razoável exegese: não seja lógica, ética e justa ─, quando a uso aqui é para dar ênfase à minha argumentação retórica.   

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Finalizando: Em uma República Democrática não são os legisladores aqueles (as) Senhores do bem e do mal, até pela inicial da força do art. 1º parágrafo único, que senão Princípio universal, o é de nossa Constituição. Que parametriza o legislar; e o mais grave é o fato de que há questões assumidas pelos nossos Legislativos, que estão e sempre estiveram definidas universalmente pelo entendimento óbvio de serem ─ como bem definiu de maneira didática o grande filósofo alemão Emmanuel Kant (1724-1804) ─, a priori tudo aquilo que é de fato Princípio; que no máximo só pode ser contornado (compatibilizado) e nunca relativizado ou anulado por meio de Lei. O líquido direito (prerrogativa) de legislar está naquelas questões reconhecidamente a posteriori, todavia, de forma lógica, justa e ética em atenção ao art. 1º parágrafo único de nossa Constituição.

POST SCRIPTUM II
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Hoje dia 13 de Maio de 2017, no momento de estar inserindo este post scriptum aqui neste Blog estou de forma objetiva fazendo referência à cronologia, que o momento político mostra ser necessário avaliar e valorar cada dia naquilo que acontece em nosso país que possa influenciar a vida de cada um de nós brasileiros.

55
O que estou querendo trazer para nossa discussão em tela é o fato de que todas as coisas que têm acontecido dia-dia em nosso universo político e jurídico; queiramos nós ou não irão influir de maneira determinante em nossos destinos como cidadãos brasileiros; daí, ser necessário que busquemos a todo custo ser partícipes das conseqüências desses eventos políticos e jurídicos, que, de alguma forma irão nos afetar.

56
Não é segredo para nenhum dos meus leitores e pessoas de minha convivência, do meu apreço pela filosofia ─ principalmente a grega ─, tanto que: foi Aristóteles que fez evoluir minha dialética e veemência retórica, que dito isto: vou argumentar sobre o nosso momento como país e cidadãos em dois importantes filósofos gregos em sua dicotômica confrontação quanto ao ser ou não ser ─ os dois filósofos são: Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eleia.

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Heráclito em seus postulados quanto ao ser ou não ser (o Devir) sintetizou que tudo segue seu curso e alegorizou isto em: Não se pode tomar banho duas vezes no mesmo rio, que me faz lembrar Lavoisier, quando sistematizou: Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma; lembrar também do cantor Miltinho em uma linda canção de Luiz Antônio, Eu e Rio, que em seu primeiro verso, diz: Rio caminho que anda que vai resmungando talvez uma dor /... Quando a vida de qualquer país e seu povo é como um rio que de maneira inexorável segue seu curso, sendo assim também, as águas da Lava-jato, como que: a Saga de nosso povo contra a corrupção, cujas águas ─ como também as da Lava-jato ─; não podem ser contaminadas por ações de políticos (maus brasileiros) que insistem em perseguir (persistir de forma continuada) a impunidade de seus modus vivendi e operandi, em prejudicar a nós, povo e também a eles mesmos, suas famílias e amigos, quando suas insensibilidades não os têm permitido ver o quanto de mal nos têm feito de maneira predatória.

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Parmênides, em seu confronto com Heráclito ─ entendendo eu, que de alguma forma os dois têm razão ─; disse: O que é, é o que é. Quando informo gostar muito dessa síntese de efeito dele; que me permite de maneira literal, factual e juridicamente perfeita, dizer: a Confissão → Delação → Premiada ─ seria essa a melhor denominação; é o que é, como também a Lava-jato o momento em movimento dessa nossa Saga ─ cronologia, história ─, do RIO alegorizado em Heráclito, cujas águas purificados da Lava-jato não podem, absolutamente ser contaminadas por nenhum elemento impuro que venha das Casas Legislativas ─ em leis de confronto e em interesse corporativo ─, a contaminar o nosso rio ou represar suas águas à provocar uma odiosa inundação de iniqüidades em nosso país, aqui alegorizado como rio.

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Voltando a Parmênides: a Confissão → Delação → Premiada é o que é; a maravilhosa forma de dar aos que delinquiram a cristã oportunidade de confessarem seus pecados contra seu país e o povo, aceitarem pagar por esses pecados ─ que via delação é algo ameno, portanto irrecusável ─, e devolverem, pelo menos, parte daquilo que de maneira ardilosa subtraíram do país e do povo.

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Já concluindo o concluído, saindo de Heráclito e Parmênides e chegando a Lavoisier. Se nada se perde: que no Brasil não mais se crie novos corruptos. Se nada se cria: que isto seja verdade quanto ao gene da corrupção em nosso país. Se tudo se transforma: então a bem do de todos nós, o povo brasileiro; todos os corruptos que são nossos contemporâneos conterrâneos se transformem em seres humanos honestos, que de fato amem o Brasil, a si mesmos e suas famílias sem precisar deixa-lo...

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Por fim, sendo repetitivo: a Confissão → Delação → Premiada é o que é; algo maravilhoso, que se aqueles que traíram a todos nós fizerem uma séria introspecção e assumirem o confessar, assumir seus erros e devolverem, reitero, pelo menos parte daquilo que indevidamente tomaram para si. Poderá haver para todos nós: crescimento econômico, pleno emprego, paz e felicidade. Amem!

ADENDO
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Quem lê os meus Trabalhos sobre Temas diversos sabem do expediente da repetitividade que uso (em salutar retórica), que torna possível eu fazê-lo por ser razoavelmente prolixo. Disto resulta, entrar aqui em outro assunto, que embora tenha conexão com o concluído no parágrafo anterior; não o nomino de post scriptum  ─ que seria exacerbar quanto a esta designação.

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Louvo aqui a necessária e importante para nós brasileiros a firme inteligente Ação da Lava-jato ─ em todo o seu conjunto de sucessivas Operações em cada um dos seus nichos de competências e atos (ações) que lhes são peculiares... Sou prolixo; é evidente isto!

64
Entretanto, no intuito de ressaltar o brilhante trabalho da Lava-jato; fazer uma contundente e azeda crítica à diversos ditos formadores de opinião do nosso país, que vezes outra outras, aqui e acolá nos confundem com suas conclusões nada razoáveis, de pouco conhecimento hermenêutico (do grego interpretar) em exegeses (explicação), às vezes, totalmente dissociadas do correto ou verdadeiras antíteses do fato analisado.

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Senão: pensemos na Operação da Lava-jato inteligentemente denominada Carne fraca. Importante Operação esta, que foi criticada, desmoralizada e demonizada do Oiapoque ao Chuí por esses ditos senhores do conhecimento pleno de tudo, tendo, inclusive, muitos deles; tentado desmoralizar a PF atribuindo-lhe intempestividade e até irresponsabilidade na direção de prejudicar o país em sua pauta de exportação de carnes...

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Agora analisando a assertiva inteligente do título Carne fraca sem considerar a óbvia ligação analógica com o nicho econômico em apreço, cabe a mim que estou levantando essa objetiva questão mostrar a origem da expressão Carne fraca. Que aparece duas vezes em dois dos três Evangelhos chamados sinópticos ─ semelhança de relatos de evolução notadamente histórica ─, quando o de João é mais discursivo e teológico.

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Os quatro Evangelhos (parte do N.T.) têm em seus relatos o momento da dramática oração de Jesus no Jetsêmane, quando acompanhado por Pedro, Tiago e João, que após a oração; traído por Judas: Jesus foi preso, cujos relatos são: o de Mateus 26. 36-46 e 26. 47-56, sendo o versículo 41 o que cita a carne é fraca. No de Marcos 14. 32-42 e 14. 43-51, sendo o versículo 38 sobre a fraqueza da carne. No de Lucas 22. 39-46 e 22. 47-53, não há menção quanto ao espiritual versus o carnal ─ somente a necessidade e valor da oração ─, e em João 18. 1-12 é mencionado somente a presença de Jesus no Jetsêmane e sua prisão ali sem mencionar o anterior período de oração... O texto exato sobre a questão é: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: o espirito na verdade está preparado, mas a carne é fraca.     

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O resgatar e elogiar a denominação Carne fraca está justamente no identificar o carne do texto bíblico já de domínio público ─ para muitos o óbvio ululante de comparar carne com carne  ─; todavia, a coisa é muito maior e mais relevante, porquanto o espírito estar preparado e a carne ser fraca: é uma afirmação ou ensino escatológico de teologia: apocalíptico, porquanto aponta para o Juízo Final. Coisa essa que também está identificada (a ascendência do superego) em Freud em sua tríade humana: Ego (o psique), Superego (o sensor de cada ser humano ou o espírito) e o Id (o soma ou corpo)... O espírito capacita e inspira a cada ser humano o ser correto e honesto, entretanto se a nossa carne (o Id) é fraca, lamentavelmente ─ para o prejuízo de todos nós brasileiros ─, os contumazes pacientes da Lava-jato têm as suas carnes fraquíssimas, que esperamos possam dar ouvidos aos seus espíritos a serem a favor do nosso Brasil e de seu povo.

69
O que joga ou traz para os holofotes a perfeita conexão da Operação Carne fraca com a ilha de Patmos, onde o apostolo João recebeu as informações escatológicas: apocalípticas, portanto. Quando ou após essas razoáveis ponderações; informo a todos os que estão lendo este Blog que a execrada Operação Carne fraca é (foi) a mãe da Operação Patmos. Dito isto, antes das considerações sobre o apocalíptico da Operação Patmos; já que entrei em questões evangélicas; vou concluir algo relevante sobre os três Evangelhos sinópticos, que segue.

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A compatibilidade entre os três (3) Evangelhos sinópticos deve ser prioritariamente analisada quando se estuda o Novo Testamento, até pelo fato estranho e nada racional de ditos importantes teólogos afirmarem que Mateus e Lucas copiaram Marcos: o chamado proto Marcos. A título de informações iniciais: há 53 assuntos comuns entre Mateus, Marcos e Lucas; e entre Mateus e Marcos a presença de 66 assuntos comuns às suas feituras; também, Marcos registrou somente cinco (5) parábolas, Mateus catorze (14) e Lucas vinte e quatro (24). Marcos não foi testemunha ocular dos fatos que narra; diferentemente Mateus o foi e Lucas se informou com aqueles que testemunharam (viram acontecer) os fatos por ele narrado. Isto exclui definitivamente Marcos como fonte... Maiores informações no Blog, endereço: www.odizimoabibliaegraca.blogspot.com , nos parágrafos de 122 a 143, nos quais  explico com mais detalhes essa improcedência, sobre o espírito nos endereços: www.heresiadatriunidade.blogspot.com e  www.socrateskardec.blogspot.com  ...

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Como já é de conhecimento público: as revelações da Operação Patmos são avassaladoras e considerando o nosso universo Executivo-político-legislativo tem de fato características apocalípticas, tomara que seja o Juízo Final das maldades contra o Brasil, e se alguém há algum tempo passado pensou que sua delação abalaria o país; enganou-se quanto a essa exata questão, porquanto é a Operação Patmos o dia (momento) do nosso Juízo Final Político esperamos a ida dos bons para o paraíso e dos maus para o tártaro ─ de onde o terrível cão Cérbero não permita que de lá saiam (do hades e do tártaro) sem antes cumprir toda pena ─, ou pelo menos os levem para o hades... Perfeitas e inteligentes as denominações Carne fraca e Patmos em suas razoáveis fundamentações metafóricas.

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Minha intenção inicial era de transcrever tão-somente o que segue dos dois parágrafos imediatamente seguinte; nos quais aparece de forma objetiva em seqüencia histórica o controvertido, inseguro, por consequência violento e sanguinário o imperador Domiciano, que durante o seu governo exilou o apóstolo João na Ilha chamada Patmos (o título da operação em apreço), onde em 95-96 ele escreveu o livro Apocalipse que fala do Juízo Final. Também é bom informar que Domiciano, como seu irmão Tito e seu pai Vespasiano (ambos já falecidos à época) não perseguiram aos judeus e cristãos, sendo a grande pressão a época contra judeus e cristãos era muito grave e vinda do chamado grande historiador o famoso Tácito ─ um poderoso formador de opinião junto às autoridades e o povo em geral... Aproveito para pedir desculpas e compreensão pela extensão dada a transcrição de trechos do meu livro por sobre Escatologia; informando, inclusive, que no Blog endereço www.igrejamilmembros.blogspot.com há sete (7) fragmentos desse livro ali transcritos, e reitero: a transcrição que segue é tão-somente para identificar o que aconteceu na Ilha de Patmos em seu tempo, condicionantes políticas e o conteúdo do livro de João ali escrito.  

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Em seus livros Antiguidades Judaicas, Guerra da Judéia e Autobiografia ─ quando se materializou as conseqüências desse entendimento  ─, Flávio Josefo nascido no ano 37 e após o ano de 95, quando se perdeu o seu vestígio na história, coincidentemente no final da Dinastia que o adotou e protegeu; a Dinastia dos Flávios: Vespasiano (69-79), Tito (79-81) e Domiciano (81-96); apresenta este entendimento, a Quarta Filosofia, como uma espécie de seita, cuja popularização dessa forma errada de interpretar o texto de Daniel capítulo dois (2); serviu de motivação revolucionária para facções político-religiosas, como Zelotes, sicários, idumeus e demais aproveitadores, que Josefo chama de malfeitores e facínoras; se insurgissem contra as classes dominantes ─ aqueles que conviviam em harmonia com a dominação romana ─, em Jerusalém, e em toda a Judéia a partir da idéia de que o povo judeu não deveria se submeter ao domínio do Império romano e que poderiam vencê-los em um confronto bélico; a partir da interpretação errada do texto de Daniel capítulo dois (2), quando o não considerar o capítulo sete (7) ─ cuja regra bíblica é a de considerar dois eventos ou duas citações naquilo que denominei de Simetria de Sistematização. Sendo, que este entendimento teve o conseqüente complicador de que, assim como as profecias de Daniel capítulos 2 e 7 apontavam para a vinda de Jesus (o Messias), que foi usada pelos defensores da chamada Quarta Filosofia, usando somente a estatua do capitulo dois (2) de Daniel. Quando entenderam ser o Messias um líder revolucionário que libertaria os judeus do jugo de Roma, a partir da idéia (interpretação) de que os pés misturados com barro (Daniel 2. 33 - 35 e versículos 40-45) seria a quarta hegemonia do capítulo dois (2) de Daniel ─ tanto que os principais sacerdotes pensaram ser Jesus este líder revolucionário e até João Batista, que antes já havia dito ser Jesus o cordeiro de Deus; no momento em que estava preso manda perguntar se Jesus era aquele que estava por vir ou seria outro, conforme Mateus 11. 2-3 e Lucas 7. 19-20 ─, quando não se ativeram a outra profecia sobre o mesmo assunto, a do capítulo sete (7), os quatro animais simbólicos, na qual (sendo sobre a mesma profecia) é muito claro que o quarto poder (hegemonia) não eram os dois (2) reinos anteriores à hegemonia do império romano sob a qual os judeus estavam submissos e podiam vencê-lo... No que, eu, nessa simples síntese e de modo prático, tenho por objetivo, de alguma forma, extrair de maneira didática, o que foi esse entendimento, sem entrar nas riquíssimas informações sobre a destruição de Jerusalém; que fora profetizado por Jesus em Mateus 24. 15-21, Marcos 13.  14-19 e Lucas 21. 20-24. E acompanhada por Josefo em todos os seus pormenores, desde o início da guerra em 66, quando ele era general e governador da Galiléia, e em 67 foi vencido e se rendeu ao general Vespasiano.

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    Josefo, inicialmente como prisioneiro e depois ─ ainda no campo de batalha  ─, foi tratado como hospede após ter em 68, com a morte do imperador Nero, Galba, Oto; por ter profetizado no ano anterior, quando da sua rendição e prisão que Vespasiano seria o próximo imperador; coisa que realmente aconteceu em 20 de dezembro de 69, ficando para o general Tito, seu filho, a incumbência da continuação da guerra contra os judeus revolucionários revoltosos... Não vou continuar nessa síntese histórica (tão-somente concluí-la); porque apenas quis motivá-lo a ler Josefo e se inteirar sobre a destruição de Jerusalém ─ que não aparece na Bíblia em seu acontecer  ─, quanto informar-se como aconteceu, permite entender exatamente o que está intitulado de maneira errada nos evangelhos como a Grande Tribulação sempre ainda por vir; que são os textos informados acima sobre a destruição de Jerusalém, entretanto, farei ainda algumas considerações sobre a guerra da Judéia ao final dessa resposta... Também, aproveito para informar, que assim como tenho colocado em Trabalhos anteriores existir no texto Sagrado a regra (duas testemunhas) de no mínimo duas referências para se fundamentar e validar qualquer evento ou fato de conseqüência doutrinária e base de fé. Quando, após Josefo ter profetizado que Vespasiano seria o próximo imperador; de igual modo o líder fariseu Yohanan Bem Zakkai (João filho de Zakkai) no momento posterior do cerco de Jerusalém pelas tropas romanas; usando de um inteligente estratagema fingiu-se de morto e foi colocado em um caixão por seus discípulos, conseguiu convencer as lideranças revoltosas em Jerusalém libera-los (sair da cidade) para enterrar o mestre. Estando fora da cidade procuraram a Vespasiano, saudando-o como o futuro imperador: Zakkai em latim disse a ele Ave domini imperator! Este outro evento somado à anterior previsão de Josefo configura a regra judaica de validação, como que, uma profecia que em 20 de dezembro de 69 se cumpriu... Embora se sentindo perturbado Vespasiano permitiu que Yohanan se estabelecesse em Jâmnia (Yavné) fundando ali uma escola farisaica de onde emergiu a lista dos trinta e nove (39) livros entendida hoje como o Canon judaico de Jâmnia. Reiterando (reminiscência histórica), foi sob o governo de Nero, que começou a guerra da Judéia em 66 (66-70), também sob Nero, Paulo fora julgado em 62 e absolvido, em 67 foi condenado à morte e decapitado quando tinha 68 anos de idade. Dentro da evolução dessa trajetória a  fragilidade do governo de Nero se agravou e em 68 ele foi obrigado a se suicidar... Objetivamente, o dito Canon de Jâmnia não pode ser o referencial para os cristãos, até pelo fato da listagem dos 39 livros ter tido a visão de contraposição ao cristianismo. Tanto que especulo o fato contraditório do livro de Henoch ─ citado de Gênesis a Apocalipse não ter sido incluído no dito Canon de Jamnia ─, que é textualmente cristocêntrico em suas quinze (15) claras citações sobre o Filho do homem (Jesus, o filho de Deus)... Ainda, sobre a questão regra bíblica de Sistematização; que se fundamenta em no mínimo dois fatos; quando torna essas informações: em factual chamamento de atenção para a canonicidade do livro Guerra da Judéia de Flávio Josefo; pelo fato dele ser inegavelmente o Jeremias do Novo Testamento ─ que se prova em todas as suas ações e esse elemento faltante da regra bíblica das Duas Testemunhas quanto a outro Jeremias, que se cumpre cabalmente em Josefo e a regra de fundamentação teológica.      

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  Fazendo um retrospecto: o mau final de governo de Tibério, a inconseqüente administração de Calígula, o instável governo de Cláudio e o desastroso governo de Nero; tornou tremendamente frágil o processo de sucessão começado em Otávio (considerado o Augusto imperador de Roma), e isso fez desaparecer da mente dos romanos o que era entendido como “paz augusta” (de Otávio, o augusto); e Roma veio a passar por uma tremenda guerra interna pelo poder, que de junho de 68 a junho de 69, ficou conhecida na história como “o ano dos três imperadores”. Entretanto, vale à pena analisar e considerar: Com relação à sucessão de Nero há algo interessante quanto ao ano de 69, que, tendo ele se suicidado em 9 de julho 68. Alguns historiadores fazem a conta de julho de 68 a julho de 69, e chama esse período de “o ano dos três imperadores”: Nero, Galba e Oto. Entretanto, a denominação mais conseqüente construída e defendida por mim é a “do ano dos quatro imperadores”; porquanto tendo Galba assumido o Império após a morte de Nero; ficado no poder até o ano 69 ( 15 de janeiro); sendo sucedido por Oto, que só se manteve no poder por três meses; que quando vencido por Vitélio, se suicidou em 17 de abril de 69, Vitélio assumiu o poder e posteriormente  foi morto (degolado) pelos partidários de Vespasiano em 19 de dezembro de 69 e no dia seguinte ─ 20 de dezembro de 69  ─, Vespasiano foi aclamado como imperador, portanto quatro (4) imperadores no ano 69: Galba, Oto,  Vitélio e Vespasiano... Voltando ao seguimento do que estava expondo: Galba, um dos comandantes militares que se rebelaram contra Nero, assumiu o poder com o apoio da guarda pretoriana e posteriormente foi assassinado por ela; Oto, governador de uma província no sudeste da Espanha, foi colocado no poder. As legiões do Reno aclamam a Vitélio, seu general, como imperador e marcharam sobre Roma; Oto se suicidou deixando o poder para Vitélio. Vespasiano (69-79), após conquistar a Galiléia, na marcha com seu exército buscando subjugar toda a Judéia e tomar Jerusalém  ─  tendo já aprisionado a Josefo (escritor judeu, que até então era governador e general na Galiléia)  ─  esse diz a Vespasiano que ele seria o próximo imperador romano...

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  A palavra desse judeu, agora em 68 com a morte de Nero, passa a ter algum sentido, mas, imediatamente chegaram notícias de que Galba era o novo imperador; isso fez Vespasiano temer grandemente, pela possibilidade de ser morto a mando de Galba, pois não era mais segredo a profecia de Josefo. Imediatamente Vespasiano manda seu filho, o general Tito a Roma saudar o novo imperador em seu nome, e estando Tito a caminho de Roma, ficou sabendo que Galba havia sido assassinado e volta imediatamente para a Judéia. Vale à pena lembrar e informar, que também outros dois historiadores contemporâneos de Josefo escreveram coisas sobre a guerra da Judéia, entretanto, a opção por Josefo seria a mais correta em qualquer controvérsia entre eles. A ascensão de Vespasiano ao poder tem uma controvérsia interessante entre Josefo e dois outros historiadores quanto à cronologia dos apoios. Para Tácito (55-116)  ─ que tinha aversão aos judeus e inveja de Josefo  ─,  e Suetônio (69-140?), para quem: primeiro Alexandre (o judeu apóstata, prefeito do Egito na época) declarou seu apoio a Vespasiano como imperador e posteriormente, o seu exército também o fez; para Josefo o apoio veio primeiro das legiões sob o seu comando (exército) e posteriormente o apoio de Tibério  Alexandre. Creio ser mais sensato ficar com o que diz Flávio Josefo, porquanto ele foi testemunha ocular dos fatos, pois desde 67 esteve com Vespasiano e Tito, na qualidade de prisioneiro, e quando Vespasiano assume como imperador; ele ainda continua com Tito (agora como hospede e uma espécie conciliador), até a tomada de Jerusalém no ano 70. Há ainda que considerar também, que embora Vespasiano fosse um grande general, seu filho Domiciano estivesse em Roma (podendo influir junto à aristocracia romana) e seu irmão Sabino controlasse a polícia da capital romana; a sua investida sobre Roma para tomar o poder, teve no apoio de Tibério Alexandre, prefeito do Egito, de fato uma peça muito importante nesse jogo político. Porque ter dificuldades com o Egito significaria Roma não ter trigo e morrer de fome...

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Com o apoio de Tibério Alexandre, em primeiro de julho de 69, quando fez as duas legiões (exército) sob o seu comando, e o povo do Egito jurar fidelidade a Vespasiano, também posteriormente o apoio de Muciano, Tribuno que governava a Síria à época; primeiro de junho do ano de 69 passa a ser o marco da investida sobre Roma para consolidar o poder.

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Muciano à frente de um grande exército foi o instrumento usado por Vespasiano para tal, e segue para Roma. Vitélio ainda detinha o poder imperial, e Sabino, o irmão de Vespasiano, se moveu em Roma em apoio à investida antes do momento oportuno, sendo vencido pelos partidários de Vitélio, que o executam... A marcha sobre Roma continuou, e Vitélio foi degolado quando saía de um banquete onde havia comido muito e se embebedado. Em vinte de dezembro de 69, tendo consolidado o poder em Roma; Muciano faz com que Vespasiano seja aclamado imperador... Voltemos à objetiva questão da Quarta Filosofia ou os quatro macro-poderes ou quatro hegemonias, que é o principal assunto dessa resposta. 
                       
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Essa visão e entendimento tinham o seu referencial em duas profecias do livro do profeta Daniel; inicialmente em Daniel 2. 34-35 e 44-45, na qual se concluiu que tão-somente haveria quatro hegemonias políticas (Impérios) e depois a plena vitória do povo de Deus, conforme a alegoria da pedra que se solta por si mesma do monte e destrói a estátua; objetivamente explicado no versículo 44  ─  Mas, nos dias desses reis, o Deus dos céus suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo, mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre... Esse primeiro entendimento a partir de Daniel capítulo dois  ─ a Quarta Filosofia, supremacia de Israel após o quarto poder, contados a partir do segundo Império babilônico, como é detalhado, sendo Nabucodonosor o imperador. Teve uma evolução interessante para aqueles que acompanharam as sucessões das hegemonias políticas (os Impérios), quando da morte de Alexandre o Grande em 323 a.C., como está profetizado em Daniel 11. 3-4, que não tendo Alexandre descendente que o sucedesse como imperador, o seu reino foi dividido em quatro, com a proeminência de dois reinos: o reino do sul, que foi a volta da dinastia egípcia através do general Ptolomeu, que terminou em Cleópatra, e o reino do norte, a dinastia Síria do general Seleuco.

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O interessante quanto a essa evolução histórica é ter sido feita a confusão de identificar esses dois reinos fortes oriundos do Império  Greco-macedônio como sendo as duas pernas e os pés de ferro misturado com barro corresponder ao quarto poder da profecia da alegoria da estátua de Daniel capítulo dois... Possivelmente esse entendimento fora um dos fatores anteriores que dera mais força a revolta dos Macabeus, que restaurou o estado de Israel como nação, que anteriormente havia sido aniquilada com o cativeiro babilônico, tendo Judas Macabeu, após a morte de seu pai Matias, purificado o templo em 25 de dezembro de 165 a.C., que fora profanado em 15 de dezembro de 168 a.C... Esse evento, que está profetizado em Daniel 8. 14, corresponde às 2300 tardes e manhãs, como será explicado na resposta de número cinco sobre esse assunto.
 
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O tempo foi passando, e a avassaladora ação dos romanos desde 146 a. C. veio culminar com a hegemonia de Roma como Império em 27 a.C. com Otávio Augusto, até o ano 14 d.C., depois Tibério de 14 d.C. a 37 d.C., Calígula de 37 d.C. a 41 d.C., Cláudio de 41 d.C. a 54 d.C. e Nero de 54 d.C. a 68 d.C. Em 66 d.C. decretou a invasão da Judéia, e no ano 70 d.C. Jerusalém foi tolamente arrasada após estar sitiada desde o ano 67 d.C... Como se viu a interpretação ou entendimento das quatro hegemonias gerou o que era entendido, e Josefo chamou de a Quarta Filosofia, que após a consolidação do poderio do Império romano, se levou também em conta de maneira objetiva a segunda profecia dos quatro animais simbólicos, de Daniel 7. 26-27 ─ Mas o tribunal se assentara em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo do santo do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.  Que também conclui a existência de somente quatro hegemonias políticas; agora realmente quatro poderes: Sendo o primeiro; o II Império babilônico; o segundo, o Medo-persa; o terceiro, o Greco-macedônio e o quarto, o que começou um pouco antes do início da era cristã, o Império romano; que realmente projeta esse entendimento de somente quatro poderes hegemônicos e depois a supremacia do povo de Deus, através da Igreja de Cristo, que os zelotes e os sicários e alguns outros líderes radicais entenderam como a supremacia de Israel sobre os romanos. Hegemonias essas que denominei no meu primeiro livro de os quatro macros poderes, conforme detalharei na pergunta e resposta a seguir. Vale lembrar, que esse entendimento foi o que motivou a destruição de Jerusalém, pela obstinação dos judeus em achar que podiam estabelecer a hegemonia judaica sobre os romanos.

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Do lado dos cristãos, a coisa era mais ou menos parecida; pois, como será visto na resposta de número sete sobre o que chamei de Escatologia de Pedro; os discípulos de um modo geral tinham a visão plenamente terrena do ministério do Senhor Jesus, até mesmo após a ascensão do Senhor, conforme a ultima pergunta que lhe fizeram, registrada por Lucas em Atos 1. 6-7, a qual lhes foi respondida de maneira grave por Jesus  ─  versículo sete  ─  Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o meu Pai reservou à sua própria autoridade. E em seguida os mandou ir, e pregar o Evangelho...

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Essa obstinação quanto à volta do Senhor Jesus, como vou mostrar, motivou uma série de deformações, e também serviu para alimentar a indevida motivação da interpretação chamada Quarta Filosofia, que acabou  ─  de alguma forma ─, se mesclando com esse entendimento Político-judaico, senão analise a maneira severa como o Senhor Jesus respondeu aos discípulos no texto acima de Atos dos Apóstolos, cuja pergunta dos discípulos não foi sobre o reino dos céus e sim na mesma direção das expectativas de um reino terreno, como esperavam os judeus, baseados nas duas profecias do livro de Daniel ─ principalmente a do capítulo dois (2) e do sete (7), depois subsidiariamente... Os judeus entenderam através dessas duas profecias, que Deus daria ao povo de Israel a vitória total sobre o inimigo que os estava oprimindo ─ nesse período, o Império romano ─, não entendendo que realmente aquelas duas profecias se cumpriram no ministério de Jesus, cujo reino não era desse mundo. De forma maravilhosa, os discípulos identificaram em Jesus o cumprimento daquelas profecias, mas, estranhamente, após a ascensão de Jesus, caminharam no entendimento da volta iminente de Jesus e na visão inicial de um reino terreno. Isso fez com que essas expectativas (embora totalmente diferentes, se somassem), nesse caldeirão de falta de conhecimento das coisas de Deus; como se viu na insanidade das lideranças judaicas em pensar que poderiam vencer Roma; levando com isso, a Judéia à maior desgraça que o mundo já viu, tanto que Jesus chorou por ela (Lucas 23. 28-30). De igual modo, os discípulos ajudaram naquele entendimento, como vamos ver na resposta de número sete, sobre o que chamei de Escatologia de Pedro, quando de maneira errada entenderam como iminente a volta de Jesus confundindo-a, de alguma forma, com a loucura dos que motivaram a destruição de Jerusalém.

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Reiterando, a questão importante sobre a destruição de Jerusalém e o total domínio dos romanos sobre a Judéia no ano 70, com extensão ao ano 73, quando a fortaleza de Massada foi tomada. Residiu no fato de que esse evento foi o que se pode chamar de o mais terrível pelo qual um determinado povo passou e justamente por isto Jesus chorou, porque sabia o que aconteceria com os judeus e até, posteriormente foi ríspido quando lhe perguntaram  ─  antes da sua ascensão (33-34)  ─, sobre essa pretensa hegemonia de Israel sobre os romanos   ─  o que Josefo chamou de a Quarta Filosofia  ─, que estranhamente o Senhor Jesus tenha explicado a todo o tempo, que o seu reino não era desse mundo e sim um reino incorruptível (espiritual), de algum  modo, agora, naquele momento pós a sua ascensão, as expectativas da sua iminente volta  ─  plantada pelos próprios discípulos, como detalharei na resposta de número sete ─, se fundiu à sanha desesperada dos ultranacionalistas, a criar uma motivação incontrolável de revolta irracional contra o jugo de Roma, que levou a Judéia, os judeus, Jerusalém e o templo à total desgraça.  

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Relembrando o que sucedeu pós período do II Império Babilônico:  Nabucodonosor quando dominou o reino de Judá; levou para Babilônia (numa linguagem de hoje) os ricos e os da classe-média II Reis 24. 14, deixando na Judéia somente os pobres, que se miscigenaram com outros povos... No momento em que findou o cativeiro e se deu a volta dos puros maravilhosos servos de Deus, não viram naqueles descendentes dos irmãos pobres que ficaram: amigos e parceiros para a reconstrução, não somente do templo, mas o soerguimento de uma nação justa e fraterna, entretanto eles optaram por criar um ninho de serpentes na cidade santa; e foi isto que fizeram com toda pompa dita religiosa, que a nossa incapacidade de fazer uma leitura que não fosse de “analfabeto funcional” tem permitido o entendimento teológico vigente. Senão estude e pesquise a história pós Império Medo-persa até a destruição de Jerusalém no ano 70, que estudando todos os séculos que se findaram no ano 70, em cujos bastidores você entenderá exatamente o “ninho de serpentesˮ que se tornou a Judéia desde o fim do cativeiro babilônico (536 a.C) em seu negro período da história do povo judeu, que foi o momento da proeminência de Esdras e Neemias (458 a.C ─ 445 a.C) ─ tendo anteriormente o período o despropositado evento de Ester versus Assuero (478 a.C) ─, que iniciou acirramento entre irmãos miscigenados e ditos puros judeus racistas que foi se se agravando até chegar ao momento desgraça de Jerusalém, daí, o Senhor Jesus ter chorado por Jerusalém, conforme Lucas 19. 41-44. Isto porque, no ano 66 enquanto as 5ª, 10ª e 15ª legiões do exercito romano já combatiam os judeus liderados por Josefo na região da Galiléia ─ posteriormente reforçada pela 12ª que estava baseada na Síria, em 69 quando da tomada final de Jerusalém ─, numa evidente insanidade do que chamei de ninho de serpentes; dentro dos muros de Jerusalém, irmãos se digladiavam numa guerra civil insana de três facções: Idumeus ou Edomitas (descendente de Saul), liderados por Simão, filho de Catlas, Zelotes (guerrilheiros com motivação religiosa), liderados por Eleazar, filho de  Simão e Sicários (espécie guerrilheiros), liderados por Simão bar Guioras: cujos atos   levaram a concluir na época, como nos disse Josefo: Que os romanos não fizeram nada pior do que os judeus fizeram a si mesmos. Dos quais, dois deles: João de Giscala e Simão bar Gioras foram levados para Roma junto com mais setecentos prisioneiros; quando (posteriormente) nos festejos de comemoração da vitória sobre a Judéia; no ritual de execução do chefe inimigo; Simão bar Gioras foi o escolhido para ser decapitado, e João de Giscala foi condenado à prisão perpetua, por ser suplicante. Não só essas facções, também várias outras  ─  que não quero me estender no comentário sobre a guerra da Judéia, que nas ricas informações de Flávio Josefo se fará entender muito do que lá acontecera ─, que demandaria avaliações antropológicas, sociológicas, militares, políticas, filosóficas e religiosas, as quais teriam que ter um tom menos didático e mais elaborado, cujos problemas tornava mais e mais a Judéia, não somente um ninho de serpentes, mas também perfeito barriu de pólvora, que explodiu pela ação enérgica do exercito romano em não permitir que um povo que então fazia parte do seu domínio, se insubordinasse... No plano de Deus ─ voltando ao período Medo-persa ─, aquelas lideranças (Zorobabel, Esdras e Neemias) poderiam ter atenuado o problema antropológico a níveis aceitáveis; poderiam integrar socialmente as divergências sociológicas, e poderiam perfeitamente administrar problemas militares, políticos, filosóficos e religiosos, senão fizeram, os seus descendentes e o povo em geral pagaram caro por isto... Quanto a minha veemência em dizer que a Judéia se tornara uma espécie de ninho de serpentes procure lembrar que Jesus assim denominou diversas lideranças judaicas durante o seu ministério, quando as chamou de: serpentes e raça de víboras, conforme Mateus 12. 34, 23. 33 e Lucas 3. 7... Tanto que, posteriormente, após toda desgraça acontecida como o seu povo, o povo judeu; Josefo disse, conforme Apud: Mireilli Hadas-Lebel, em sua obra Flávio Josefo o Judeu de Roma  ─ “Se há algo a censurar em minhas palavras; toda vez  que culpo os tiranos e seu bando de facínoras (as lideranças judaicas citadas acima), ou quando me lamento sobre a minha pátria, queiram, por favor, infringindo a regra do gênero histórico, perdoe-me, isto se deve à minha tristeza. Pois, de todas as cidades que caíram em poder dos romanos, ocorre que a nossa, depois de ter alcançado o mais elevado grau de felicidade, caiu na desgraça mais extrema. De qualquer modo, de todas as nações desde a origem dos tempos, presumo que a dos judeus é a que detém o recorde de desgraças, e como isso não é culpa de nenhum estrangeiro, não pude conter minhas lamentações. Se meu juiz foi severo demais para enternecer-se, que coloque os fatos na conta da História e as lamentações na do escritor”.

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Some a esse lamento desse importante judeu que viveu todo esse período tremendamente dramático da história dos judeus e de toda a humanidade; que como disse Josefo foi uma coisa nitidamente anunciada, profetizada pelo Senhor Jesus ─ tanto que chorou por antever todas aquelas desgraças ─, e ironicamente, também um João-ninguém igualmente chamado Jesus, durante sete aos e cinco meses anunciou essa desgraça por vir, também registrada na obra acima citada, conforme Apud: Mireille Hadas-Label, em sua obra Josefo o Judeu de Roma ─ Ainda mais aterrorizante, na lembrança de Josefo, ecoava o grito de um inocente ─ Jesus, filho de Ananias ─, que, quatro anos antes da guerra, quando nada ainda levava a temê-la, soava no Templo, em plena festa dos Tabernáculos: “Uma voz do Oriente, uma voz ao acaso, uma voz vinda dos quatro ventos, uma voz contra Jerusalém e o Santuário, uma voz do noivo e da noiva, uma voz contra o povo (BJ VI 301). Todo judeu podia reconhecer através dessas palavras um eco da profecia de Jeremias 7. 34 ─ E farei calar nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém a voz do prazer e da alegria, a voz do noivo e da noiva, pois o país ter-se-á tornado uma ruina.

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O inocente, lastimável profeta da desgraça, vagava pela cidade dia e noite gritando. Josefo o menciona como uma figura familiar da cidade, ele mesmo deve ter encontrado com frequência em seu caminho esse João-ninguém conhecido de todos, moído de pancadas por uns, tratado de maneira carinhosa por outros. Talvez seja esse personagem que se deva o surgimento de uma idéia no Talmude: desde já não há profetas em Israel, o dom da profecia refugiou-se nos pobres de espírito e nas crianças. Chicoteado até os ossos pelos romanos, Jesus, filho de Ananias, nem por isto deixou de lançar o único grito que então era capaz de emitir: Desgraça em Jerusalém! Em plena festa esse grito ecoava. A prova, segundo Josefo, de que o próprio Deus havia colocado um oráculo em sua boca é que, repetindo essas palavras durante sete anos e cinco meses, ele não teve extinção nem voz de cansaço. Em 70, no cerco a Jerusalém o inocente ainda seria visto indo e vindo sobre as muralhas, gritando: Desgraça para a cidade, para o povo e para o Templo! No momento em que se acrescentava: E desgraça para mim também! Foi ceifado por uma pedra de balista.                                                 
              
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Assim aconteceu nesse período, e é esta a forma mais  resumida e elementar para responder esta pergunta; que entendo pode referendar plenamente toda caminhada da idéia e princípio, do universo histórico mundial nos seus eventos e as suas cronologias serem num todo, complicados no tamanho da sua universalidade. Também, até porque quanto a profecias, decididamente não houve da parte de Deus o objetivo de roteirizar todos os acontecimentos de todos os tempos em todo o mundo; e sim o informar antecipadamente (profecias) alguns fatos e eventos nas suas evoluções, nem mais nem menos do que seria necessário para formulação de uma plena Escatologia; até porque muitas coisas desagradáveis a níveis terríveis aconteceram e acontecem à revelia (além) do que estava profetizado, por ação insana de muitos seres humanos (nós), como os judeus que fizeram Jesus chorar... Que já tendo informado isso, reitero: O livro de Daniel é o roteiro de todo o plano de Deus para a humanidade; entendeu? Senão pense em teatro, em cinema e em novelas, quando nos atos, blocos e cenas, o roteirista monta uma longa história com um resumido número de atos e cenas... Dentro desse mecanismo foi escrita e montada a seqüência de acontecimentos mundiais do livro de Daniel.

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Reiterando, lamentavelmente no decorrer da história: judeus radicais e radicais outros ─ inclusive que se dizem cristãos ─, tiveram e têm insistido na avaliação em concluir ter sido Flávio Josefo um traidor.

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Quem estuda a vida do grande e importante judeu Josefo, Filho de Matias (nome judaico), que após ter sido adotado por Vespasiano passou a se chamar: Titus Flavius Josefhus e posteriormente conhecido mundialmente como Flávio Josefo, constata-se em todo agir de sua existência a perfeita coerência com aquilo que acreditava, a sua defesa das tradições judaicas em um momento de desvario de lideranças judaicas fanáticas e com sede de poder a todo custo, cuja hermenêutica daqueles simplistas em avaliação de coisas sérias não conseguiu ver em Josefo, o homem judeu preservado por Deus para impedir que detratores do judaísmo, como: o dito chamado mais importante historiador romano, Tácito e o egípcio Apião, que escrevera mentiras (em 40) sobre os judeus e o Êxodo, quando dissera que os judeus foram expulsos do Egito por estarem leprosos e não que Deus os tenha libertado da opressão de Faraó... Tácito se esmerou em recepcionar as fábulas criadas por Apião e outras conclusões maléficas tiradas de coisas que os judeus observavam: como o não comer carne de porco, que ele fez constar que os judeus adoravam este animal; também afirmavam ─ não só ele ─, que os judeus não teriam produzido nada relevante e útil para a humanidade no campo da tecnologia e do conhecimento humano... Sendo isto um pouco de verdade, porquanto as dos judeus fanáticos em toda história olhavam basicamente para os seus umbigos religiosos ─ como são hoje os ditos evangélicos fanfarrões caçadores das bênçãos do Deus ─ para eles uma espécie de Deus garçom, que tem que dar tudo o que esses fanáticos pedem.

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Quanto àqueles judeus progressistas amantes da paz ─ coisa que não colide com a verdadeira fé em Deus em Deus ─, com Flávio Josefo e muitos outros no decorrer da história.         

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Agora, para relembrar a trajetória final da guerra da Judéia, lembremo-nos dos fatos determinantes dessa estúpida guerra fomentada por lideranças radicais dos judeus, quando, conforme os relatos de Josefo foi a causa de Nero declarar em 66 guerra à Judéia ou mais precisamente contra parte (grupos) do povo Judeu, cuja centelha principal que acendeu essa bomba ─ junto a outros sérios acontecimentos anteriores ─; foi, conforme mais esse Apud: Mireille Hadas-Lebel, em sua obra Flávio Josefo o Judeu de Roma  ─ Os primeiros êxitos militares são, segundo a análise de Josefo, causa de uma euforia que os conduz à catástrofe. Em alguns dias, um pequeno número de exaltados, munidos de armas improvisadas, consegue obter a capitulação das tropas reais e de guarnição romana, que é massacrada. Dois meses mais tarde, o governador da Síria, Céstio Galo, alertado, marcha sobre Jerusalém; começa sofrendo vários revezes no caminho e, ao ver que não pode tomar a cidade com facilidade que imaginava, bate em retirada e deixa seu exército partir-se em pedaços. É uma vitória retumbante para os combatentes judeus, que sofreram poucas perdas, ao passo que fizeram cerca de seis mil mortos nas fileiras romanas e apanharam um gigantesco arsenal máquinas de guerra de reputação terrível.            

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             O falar dessa seqüência histórica e das inconseqüentes controvérsias acontecidas (na visão humana daqueles que lá estavam à época) ─ quando da condenação e crucificação do Senhor Jesus  ─, nos chama a atenção para um fato lamentável criado por ela, que é o hoje anti-semitismo evangélico, que virou sinônimo exato de anti-judeu, inclusive ─ embora sem conotação de ódio, mas, uma espécie de preconceito, que de fato existe em quase 100% dos evangélicos ─; que têm essa predisposição contra o povo judeu; quando de maneira estranha (e extremamente infantil), sem nenhuma base bíblica e histórica atribuem a eles toda uma série de coisas infundadas, como a culpa pela morte de Jesus, plantada pelo catolicismo, intolerância religiosa e a de terem eles negado a Jesus como Salvador, quando esquecem  que  foram os judeus os primeiros a aceitá-lo, a igreja de Jerusalém, inicialmente foi somente composta de judeus e nas gentias eles também estavam presentes. No decorrer da história eles foram perseguidos junto com os cristãos, odiados e incompreendidos. Qual povo no mundo, que de fato tem aceitado a Jesus como Salvador? Dizer que um determinado país é cristão não tem nenhuma implicação efetiva de que o obedeçam ou que essas pessoas ditas cristãs, serão salvas. Parece que a maioria de nós evangélicos tem memória curta, conhece pouco de história, estuda de forma insuficiente a Bíblia e conseqüentemente pouco entende ou absolutamente nada de concreto tem assimilado do texto sagrado.

   
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                                                    FINAL I

   Este é o meu trigésimo quarto Blog, conforme expliquei no início nas Considerações Iniciais, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo que o seguinte a ser postado ─ contrariando o até agora anúncio do Tema seguinte  ─, será sobre aquilo que mover meu coração (cognição é o correto) no momento. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando você em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar no título correspondente. 

FINAL II
Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores: ─ Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado ─ não tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a Lei.
 
                        Jorge Vidal ─ Escritor autodidata 
                               Email egrojladiv@yahoo.com.br     




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